Vacina contra poliomielite - preciso levar? - Postado por Jairo Len

Albert Sabin e Jonas Salk - a história da poliomielite no mundo mudou após as descobertas deles...
Sabin devenvolveu a vacina oral contra poliomielite em 1961.
Antes dele, em 1952, Salk já havia desenvolvido a primeira vacina contra poliomielite, inativada e intramuscular.
Posto novamente a informação que não há necessidade de reforço da vacinação oral contra poliomielite (Sabin ou gotinha) nas crianças que realizaram a vacinação na Clínica Len de Pediatria ou em outras clínicas, através da IPV (Inactivated Polio Vaccine) - a vacina contra poliomielite intramuscular inativada.

Hoje em dia todas as clínicas particulares de vacinação, assim como 35 países do mundo civilizado, só realizam a IPV na vacinação contra poliomielite aos dois, quatro e seis meses de vida, bem como no reforço do segundo ano de vida.
Algumas clínicas ainda chamam a IPV de "Salk" - o que é errado, porque a vacina atual não é igual à Salk. Mas vale pela homenagem a Dr. Jonas Salk, sem dúvidas.

Aí vão as informações, copiadas da postagem anterior...

Todos os anos recebemos dezenas de ligações de pais, às vésperas das campanhas de vacinação contra Poliomielite ("gotinha"), para saber se devem levar seus filhos, VACINADOS NA CLÍNICA, para receber as doses extras de vacina Sabin.

Respondo abaixo e, para quem queira se aprofundar, explico em seguida:

A resposta é NÃO. As crianças que recebem vacina contra Pólio Intramuscular/Inativada (IPV) não precisam receber as doses de vacina Sabin realizadas anualmente pelo Governo para manterem-se imunizadas.
A explicação:

Atualmente todos os países que tem cuidado e respeito por seus cidadãos (Toda a Europa, EUA, Canadá, Austrália, Escandinávia, Israel) realizam o esquema de vacinação contra Pólio através da vacina inativada (IPV) - que é aplicada juntamente com a Tríplice-DPT, aos 2, 4, 6 e 16 meses de vida, com reforço aos 4 - 5 anos. Não há campanhas de vacinação por Pólio oral.

Todas as crianças são vacinadas, e isso é extremamente rigoroso - diferente do Brasil.

Sabidamente a vacina oral (Sabin) por causar a poliomielite em 1 para cada 750 mil crianças vacinadas, nas primeiras doses. Isso porque é uma vacina com vírus vivos atenuados. Por este motivo e pelo alto custo das campanhas anuais é que os 35 países do mundo "desenvolvido" resolveram usar exclusivamente a IPV.

No Brasil ainda não há, nos Postos de Saúde, a disponibilidade da vacina IPV, exceto em casos especiais, em crianças que tem contraindicação absoluta de receber a Pólio oral (Sabin). Por este motivo o Governo tem que fazer as campanhas anuais da vacina Sabin, necessárias para manter a boa imunização das crianças.

As crianças que recebem a IPV (só disponível em clínicas particulares) desenvolvem uma ALTA imunidade com as 5 doses da vacina contra poliomielite.

Se toda a população infantil brasileira recebesse rigorosamente a IPV, não haveria necessidade das campanhas anuais de vacinação.

Importante 1: é absolutamente contraindicado qualquer criança abaixo dos 2 meses de idade receber a vacina Pólio oral (Sabin), o que infelizmente vemos com certa frequência.

Importante 2: As crianças que já receberam as 3 doses iniciais de IPV podem, caso seus pais queiram, receber as doses orais de vacina Sabin, sem riscos.

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