Esperança em Síndrome de Down - Postado por Jairo Len


A Síndrome de Down é a doença cromossômica mais frequente no mundo. Não existe, claro, a cura para a síndrome, mas os avanços em cognição são o ponto mais importante no seu tratamento, que até há pouco tempo baseava-se só em estímulos precoces.
Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, publicaram na revista Science Translational Medicine um estudo pioneiro: remédios já disponíveis no mercado para tratar depressão e déficit de atenção poderão servir para diminuir os problemas de memória e aprendizado que costumam acompanhar o desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down. O estudo foi realizado através do uso de noradrenalina em camundongos geneticamente modificados (simulando o que em humanos seria a síndrome de Down).
Em geral, pessoas com síndrome de Down possuem ótimo desempenho em testes relacionados à memorização de sensações visuais, auditivas ou olfativas, operação coordenada uma determinada região do cérebro. Porém, para formar memórias no hipocampo, tanto seres humanos como roedores necessitam do neurotransmissor noradrenalina, produzido nos neurônios do locus coeruleus, outra região do sistema nervoso central - comumente afetada na doença.
Resumo: poucas horas depois de receber os medicamentos, os camundongos já apresentavam um comportamento semelhante ao de outras cobaias sem a modificação genética. Ao serem transferidos para novos hábitats, realizavam um rápido reconhecimento e começavam a construir um novo ninho. Coisa que não conseguiam realizar antes da medicação.

Estudos em seres humanos ainda são necessários para provar que a noradrenalina também servirá para nós.

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