Comprovando o óbvio - Postado por Jairo Len

Um estudo publicado na revista Journal of Epidemiology and Community Health, edição de julho de 2010, mostrou que a afeição e carinho maternais transbordantes dada aos bebês até um ano de vida torna-os mais bem preparados para enfrentar os problemas da vida na idade adulta.
Eu acho óbvio, mas é sempre bom que haja comprovação científica. E é claro que o pacote (afeição e carinho) nunca vem sozinhos - em geral estas mesmas mães moram em casas bem estruturadas, aonde não deve faltar muita coisa material e não-material também, o que pode ajudar no preparo futuro das crianças. De qualquer forma, as crianças vindas de casas "iguais" em potencial, mas sem o mesmo carinho e afeição, não se tornaram adultos bem preparados. E o contrário também aconteceu: mesmo com baixo nível sócio-econômico, mais carinho = mais preparo.
O ESTUDO: na pesquisa realizada durante vários anos com 482 pessoas no estado americano de Rhode Island, os cientistas compararam dados sobre a relação dos bebês de 8 meses com sua mãe (ou o cuidador principal) e seu desempenho emocional, medido por testes, aos 34 anos de idade. Qualquer que fosse o meio social, ficou constatado que os que foram objeto de mais carinhos aos 8 meses tinham os níveis de ansiedade, hostilidade e mal-estar mais baixos. A diferença chegava a 7 pontos no item ansiedade em relação aos outros; de mais de 3 pontos para hostilidade e de 5 pontos para o mal-estar
A avaliação foi feita através de escalas e testes psicológicos rigorosos. E o mais interessante é que, como houve acompanhamento, os dados não foram coletados através de "lembranças" do passado, e sim de dados objetivos coletados quase 35 anos antes.

Segundo o estudo, isto confirma que as experiências, mesmo as mais precoces, podem influenciar na vida adulta. As memórias biológicas construídas cedo podem "produzir vulnerabilidades latentes".
Óbvio?

Comentários

  1. Se depender de carinho, afeto, cuidados e muitas risadas, meus filhos serão adultos bem "zen". rsrs
    Abço,
    Roberta

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