Leptospirose - Postado por Jairo Len

Continuo falando sobre doenças...
Às vezes nos deparamos com situações inusitadas. Todos estamos no mesmo “barco” isso pode ocorrer com qualquer um de nós (pelo menos no Brasil). Um pai de paciente me contou que, numa das últimas enchentes em São Paulo, ficou ilhado e a solução foi abandonar o carro (no estacionamento de um Shopping) e partir a pé, com água na cintura, até um local seguro. Seu medo?
Leptospirose
A Leptospirose é uma doença bacteriana, causada pela Leptospira interrogans – que está presente universalmente na urina de ratos. Nas enchentes, galerias pluviais, esgotos e bueiros (a casa dos ratos) se misturam à inundação. As leptospiras se misturam à água e, havendo contato com a pele machucada, mucosas, arranhões, feridas nas cutículas podemos nos infectar.
Após o contato, a doença pode aparecer entre dois e 30 dias (“incubação”), sendo uma média de 10 dias. O quadro clínico mais parece uma virose: febre alta, dores de cabeça, dores no corpo e músculos (principalmente na panturrilha ou “batata-da-perna”). Pode haver vômitos e tosse. A doença pode durar até três semanas.
As formas mais graves apresentam icterícia (tom amarelado na pele e olhos) – e isso ocorre em 10% dos casos.
Os pacientes devem ser tratados com antibióticos, que diminuem a duração da doença e evitam complicações. Tratam-se também os sintomas, como náuseas, dores, desidratação.
Na República Federativa do Brasil morreram, entre 2001 e 2008, 1870 pessoas devido a esta doença.

Infelizmente não depende de cada um de nós a solução para este problema. Inundações existem no mundo inteiro, ratos e leptospirose também.
Mas realmente não observei nas imagens de inundações recentes na Austrália (por exemplo) esta quantidade absurda de garrafas pet, sacolinhas plásticas e demais objetos que vemos nas inundações daqui.

Além destas questões de civilidade (ensinar insistentemente e diariamente aos nossos filhos que lugar de lixo é no lixo e nada pode ser jogado na rua), em casos de enchentes, evite ao máximo se expor à água, mesmo na altura dos tornozelos.

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