Meningites Bacterianas e Vacinas - Postado por Jairo Len

Atualmente já temos como proteger crianças e adultos contra a maioria das meningites bacterianas. As crianças (menos aquelas cujos pais e pediatras antroposóficos/homeopatas são contra vacinas) estão protegidas desde muito cedo.

A partir dos 2 meses de vida inicia-se proteção contra:
- Meningite por Hemófilus B
- Meningite por Meningococo C (o mais importante meningococo no Brasil)
- Meningites por 13 tipos de Pneumococos
Com 10 anos de vida, indica-se a vacina contra os Meningococos A, C, W e Y.

Com estas vacinas, o risco de meningite bacteriana é muito baixo.
Infelizmente ainda não existe vacina eficaz contra o Meningococo B - causa importante da doença em nosso meio. Por isso nunca "abaixamos a guarda" quando se suspeita de meningite e a doença continua a ser exaustivamente pesquisada, até ser afastada.

Com grande frequência vemos casos de Meningite Viral, causadas por vários vírus. O quadro clínico é clássico, com vômitos, febre, dor de cabeça e mal estado geral. Porém são meningites benignas, que não levam a sequelas ou risco de morte. Mas o diagnóstico de meningite viral tem que ser feito e diferenciado das bacterianas, por isso sempre se indica a coleta do líquor, a única forma de se diagnosticar exatamente a causa. Contra as meningites virais não existem vacinas.

Adultos devem ser vacinados contra meningite, também. Recomendo a vacina tetravalente contra os Meningococos A, C, W, Y (no Brasil dispomos da Menveo, da Novartis). Dose única, super segura e eficaz. Hemófilus e Pneumococos não são causa de meningite em adultos imunocompetentes.

Quanto às crianças cujos pais (muitas vezes orientados por pediatras insanos) resolvem não vaciná-las, acho um problema seriíssimo. Vira e mexe atendo um bebê ou criança maior que não recebeu estas vacinas, por indicação do pediatra - geralmente antroposófico - e com os pais cultos, informados e PhDs assinando em baixo a achando super-razoável esta conduta. Trágico, mais ainda para quem não tem direito de escolha. Para estes pais, diálogo franco e estatísticas em geral são suficientes para convencê-los da importância de vacinar seus filhos.



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