Sempre reclamo da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas hoje faço um elogio: a confecção da nova cartilha sobre armazenamento do sangue de cordão umbilical (SCU), um assunto que passa pela cabeça de 100% dos pais à espera de um bebê.
Nunca fui um admirador da idéia de bancos privados de sangue de cordão umbilical. Nestes bancos privados, os pais contratantes pagam todos os custos e armazenam para uso próprio o SCU.
A outra opção existente são os bancos públicos de SCU, aonde os custos são pagos pelo SUS e o sangue de cordão fica à disposição de qualquer pessoa que precisar.
A nova cartilha da ANVISA estabelece regras coibindo, inclusive, a propaganda enganosa que alguns bancos privados vinham fazendo.
"O 'folder' da empresa [que guarda os cordões] não pode dizer que vai poder tratar alzheimer", afirma Carmino de Souza, presidente da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular), que é "absolutamente contrária" ao banco privado.
"Mesmo a indicação mais óbvia, o tratamento de uma leucemia aguda, é falacioso: o genoma da célula-tronco do cordão já carrega a predisposição da leucemia. Você vai fazer um transplante desse sob risco maior de recaída."
Para ele, trata-se de uma "propaganda enganosa". "A possibilidade de alguém coletar seu sangue de cordão e usá-lo é tão remota quanto caírem três aviões no mesmo lugar ao mesmo tempo."
DADOS - De 2003 a 2010, há registro de três casos em que as células de bancos privados foram usadas pelo dono do cordão no país. Em outros cinco, o material serviu a parentes. Já os bancos públicos, lembra a Anvisa, são responsáveis pela maior parte dos transplantes. De 2003 até abril deste ano, 163 transplantes foram feitos com as células dos bancos públicos.
Para Carlos Chiattone, hematologista diretor da ABHH, a abordagem pelos bancos privados é feita de forma antiética. "A pessoa se vê sob pressão emocional para aderir ao serviço."
Na cartilha, a ANVISA não se coloca a favor ou contra os bancos privados, não aconselha nem desaconselha a adesão. Mas coloca dados claros que permitam os pais tomarem a decisão que achem mais correta.
Para ter acesso à cartilha no site da ANVISA, clique aqui.
Nunca fui um admirador da idéia de bancos privados de sangue de cordão umbilical. Nestes bancos privados, os pais contratantes pagam todos os custos e armazenam para uso próprio o SCU.
A outra opção existente são os bancos públicos de SCU, aonde os custos são pagos pelo SUS e o sangue de cordão fica à disposição de qualquer pessoa que precisar.
A nova cartilha da ANVISA estabelece regras coibindo, inclusive, a propaganda enganosa que alguns bancos privados vinham fazendo.
"O 'folder' da empresa [que guarda os cordões] não pode dizer que vai poder tratar alzheimer", afirma Carmino de Souza, presidente da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular), que é "absolutamente contrária" ao banco privado.
"Mesmo a indicação mais óbvia, o tratamento de uma leucemia aguda, é falacioso: o genoma da célula-tronco do cordão já carrega a predisposição da leucemia. Você vai fazer um transplante desse sob risco maior de recaída."
Para ele, trata-se de uma "propaganda enganosa". "A possibilidade de alguém coletar seu sangue de cordão e usá-lo é tão remota quanto caírem três aviões no mesmo lugar ao mesmo tempo."
DADOS - De 2003 a 2010, há registro de três casos em que as células de bancos privados foram usadas pelo dono do cordão no país. Em outros cinco, o material serviu a parentes. Já os bancos públicos, lembra a Anvisa, são responsáveis pela maior parte dos transplantes. De 2003 até abril deste ano, 163 transplantes foram feitos com as células dos bancos públicos.
Para Carlos Chiattone, hematologista diretor da ABHH, a abordagem pelos bancos privados é feita de forma antiética. "A pessoa se vê sob pressão emocional para aderir ao serviço."
Na cartilha, a ANVISA não se coloca a favor ou contra os bancos privados, não aconselha nem desaconselha a adesão. Mas coloca dados claros que permitam os pais tomarem a decisão que achem mais correta.
Para ter acesso à cartilha no site da ANVISA, clique aqui.
Parabéns pelo blog com esclarecimentos sempre úteis e de assuntos super atuais.
ResponderExcluirQuando estava grávida também fiquei em dúvida e optei por não coletar. Queria fazer a doação mas infelizmente no hospital em que meu filho nasceu, apesar de ser uma grande maternidade de SP, não é possível.
É uma pena que em SP isso somente pode ser feito no Einstein e no Amparo Maternal.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente... Não escrevi sobre esse detalhe... Infelizmente em São Paulo só estas duas maternidades realizam a coleta para bancos públicos.
ResponderExcluirO dilema de muitos pais acaba sendo "guardar e pagar por isso" ou simplesmente desprezar o conteúdo de células tão "valiosas" à sociedade.
Mas há grande relutância de demais maternidades em aceitarem os bancos públicos, uma vez que a parcela econômica que lhes cabe por só fazerem coletas privadas é substancial...